Fundada em 1881 por Manoel Guedes Pinto Mello, a Fábrica de Tecidos São Martinho foi uma das primeiras indústrias têxteis do Estado de São Paulo, e recebeu esse nome em homenagem ao pai de seu fundador, Martinho Guedes Pinto de Mello. Sua construção, considerada uma verdadeira epopeia para a época — quando ainda não havia estrada de ferro e todo o material era transportado em carros de bois — simboliza o espírito empreendedor que marcou o desenvolvimento de Tatuí.
Projetada pelo engenheiro Dr. Otto Andersen, a fábrica iniciou suas atividades com 54 teares importados da Inglaterra, produzindo tecidos, cobertores e toalhas de alta qualidade, muitos dos quais exportados para outros países. A São Martinho rapidamente se tornou uma das mais importantes indústrias têxteis da América do Sul, impulsionando o crescimento econômico e urbano da cidade. O impacto da fábrica foi tão expressivo que Tatuí passou a ser conhecida como a maior produtora do chamado “Ouro Branco” (algodão) no sul do país. A expansão industrial também favoreceu grandes transformações locais, como a chegada da Estrada de Ferro Sorocabana e a criação da Companhia de Força e Luz, administrada pela própria fábrica, responsável por fornecer energia elétrica não apenas a Tatuí, mas também aos municípios vizinhos de Conchas e Pereiras.
No auge de sua produção, a indústria operava com mais de 250 teares e chegou a empregar centenas de trabalhadores, constituindo uma verdadeira comunidade operária em torno do complexo fabril. Na década de 1970, após um período de declínio, a Companhia encerrou suas atividades. Atualmente, parte das construções — especialmente as antigas moradias — ainda são utilizadas como residências particulares, e o conjunto mantém grande valor histórico e arquitetônico. Pelo seu relevante papel no desenvolvimento industrial e social do Estado de São Paulo, o complexo foi tombado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), por meio do Processo nº 31.877/94. O tombamento abrange a unidade fabril (edifício principal e quadra onde se situa), o Casarão da Família Proprietária, a Casa de Hóspedes e o conjunto de moradias operárias, garantindo a preservação de um dos mais importantes patrimônios industriais paulistas. Representa local de convívio social e é referência afetiva e de localização, sendo destaque na paisagem urbana de Tatuí. O Sr. Manoel Guedes Pinto Mello, no ano de 1881, começou a construção da Fábrica de Tecidos São Martinho, nome dado em homenagem ao seu pai (Martinho Guedes Pinto de Mello). Tratava-se de uma verdadeira epopeia para época, já que ainda nem existia o trem de ferro e tudo era transportado em carro de bois. No início, eram apenas 54 teares vindos da Inglaterra. A fábrica, construída pelo engenheiro Dr. Otto Andersen, produzia tecidos, cobertores e toalhas, produtos que eram inclusive exportados. E foi uma das mais importantes indústrias têxteis da América do Sul. Hoje, os edifícios encontram-se ainda em razoável estado de conservação, sendo que apenas as habitações de menor porte possuem uso, sendo alugadas para moradia. A Fábrica tornou a cidade de Tatuí conhecida como a maior produtora do chamado “Ouro Branco” (algodão) no sul do país. A indústria têxtil, que chegou a trabalhar com mais de 250 teares, promoveu significativas mudanças em Tatuí e região como a chegada da Ferrovia Sorocabana à cidade e a instalação da Companhia de Força e Luz – de posse da própria indústria têxtil- a qual atendia não somente Tatuí, mas também as vizinhas Conchas e Pereiras. Na década de 1970, após franco declínio, a Companhia fechou. O tombamento, feito por meio do processo 31.877/94 – CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico, recai sobre a unidade fabril (edifício principal e toda quadra em que se situa), casa da família proprietária, de hóspedes e conjunto de moradia de trabalhadores.